"Minha Terra Estrangeira": Documentário retrata a força e a resistência do povo Paiter Suruí

O documentário "Minha Terra Estrangeira" lança luz sobre as vivências e desafios enfrentados pelo povo Paiter Suruí, destacando a trajetória de duas grandes lideranças indígenas: Almir Suruí e sua filha, Txai Suruí. A obra é dirigida por João Moreira Salles, em colaboração com Louise Botkay e o coletivo indígena Lakapoy, e estreou nacionalmente durante a 30ª edição do Festival É Tudo Verdade.

A narrativa acompanha Almir Suruí, cacique geral do povo Paiter Suruí, durante sua candidatura a deputado federal por Rondônia nas eleições de 2022. Paralelamente, o documentário retrata a forte atuação de Txai Suruí, coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, na luta pela preservação da Amazônia e pelos direitos dos povos indígenas.

"Minha Terra Estrangeira" busca evidenciar a sensação de deslocamento que muitos indígenas sentem dentro de seu próprio território, muitas vezes sendo tratados como estrangeiros em suas terras. O título do filme provoca a reflexão sobre identidade e pertencimento dos povos originários no Brasil.

A produção é uma parceria entre a Vídeo Filmes Produtora e a Lakapoy Filmes, ressaltando a importância da colaboração entre cineastas indígenas e não indígenas na construção de narrativas autênticas e representativas.

Ao trazer para as telas as histórias de Almir e Txai Suruí, o documentário não só documenta a resistência e a resiliência do povo Paiter Suruí, como também serve como um chamado urgente à proteção dos direitos indígenas e da floresta amazônica. "Minha Terra Estrangeira" é uma obra fundamental para entender as lutas contemporâneas dos povos indígenas do Brasil.