Robusta Amazônico Suruí: café indígena atinge nota máxima em prova internacional
- Paiter Surui
- 9 de out.
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O café indígena produzido no Território Sete de Setembro, em Rondônia, acaba de alcançar um feito histórico: o Café Robusta Amazônico Paiter Suruí atingiu nota 100 em uma prova internacional de qualidade, tornando-se um dos cafés mais bem avaliados do planeta. O resultado foi registrado durante uma degustação oficial baseada no protocolo Fine Robusta Cupping Form, realizado por avaliadores independentes e especialistas do setor cafeeiro.

Uma conquista que nasce da floresta
O povo Paiter Suruí cultiva café há mais de duas décadas no território, transformando antigas áreas de degradação em sistemas agroflorestais sustentáveis. O cultivo do Robusta Amazônico é feito sem agrotóxicos, com respeito ao solo e ao ciclo da floresta, unindo saberes tradicionais e técnicas modernas de manejo.
O projeto, que integra a economia sustentável da comunidade, fortalece a autonomia indígena e mostra que é possível proteger a floresta e gerar renda ao mesmo tempo. Hoje, o café é símbolo de resistência, inovação e orgulho para todo o povo Paiter.
O reconhecimento internacional do Robusta Amazônico
O Robusta Amazônico recebeu em 2021 a Denominação de Origem “Matas de Rondônia”, tornando-se a primeira Indicação Geográfica do mundo para a espécie Coffea canephora (robusta). Essa certificação reconhece o terroir único da região e o trabalho de centenas de produtores, entre eles os Paiter Suruí, que se destacam por práticas de cultivo alinhadas à preservação ambiental.
Com notas sensoriais que variam entre chocolate, castanha, frutas secas e especiarias, o café Suruí surpreende pela doçura e equilíbrio. A pontuação máxima de 100 pontos representa um marco não apenas para o povo Paiter, mas para todo o movimento de cafés especiais da Amazônia.
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