Os rostos dos Paiter Suruí na trilha das lanternas (Crans-Montana)

Texto e fotos de Bruno Zanzottera

O fotógrafo francês foi à Amazônia fazer retratos dos indígenas e projetar seus rostos nas árvores da floresta justamente para conscientizar a população sobre o problema. O projeto realizado em 2016 na Amazônia é agora reapresentado ao longo do Caminho da Lanterna de Crans-Montana com um resultado cenográfico igualmente poderoso.

São aproximadamente 1.400 pessoas que lutam contra o desmatamento nos territórios em que vivem. Sob a liderança de seu líder Almir Narayamoga eles lutam sua guerra com as armas da modernidade, como a criação de uma parceria com o Google Earth para monitorar intervenções ilegais, e com a ajuda de várias associações, desenvolveram um projeto para plantar um milhão de árvores. áreas.

Uma lenda do Valais conta a história de um jovem pastor, que tinha apenas seus animais e as estrelas como companhia, que saiu à noite em busca de Blanche, sua cabra favorita que estava perdida. Depois de horas de esforço enfrentando o vento gelado e os bois, ele ficou deslumbrado com uma luz intensa vinda do céu. Intrigado, ele começou a segui-la enquanto uma guirlanda de estrelas era desenhada na neve que o conduzia até a cabra e uma misteriosa criatura de olhos brilhantes que revelava ser Bella Lui , a estrela em quem ele confiava todas as noites.

Assim, todos os anos em Crans-Montana , para celebrar a lenda de Bella Lui, um caminho é criado na neve iluminada pelo brilho de lanternas. Este ano o percurso foi embelezado pelo projeto fotográfico do fotógrafo francês Philippe Echaroux que trabalha ao lado dos índios amazônicos na defesa de seus territórios. Ao longo do caminho, surgem 3 grandes feixes de luz que projetam nas árvores os rostos dos povos indígenas da tribo Paiter-Suruí que vivem na Amazônia brasileira entre Rondônia e Mato Grosso.

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